Vem agora o relato do julgamento do Alalu, e dos sucessos que aconteceram depois na Terra e no Lahmu.
Em sua cabana de cano,
Anu estava ferido; na cabana de cano,
Enki lhe aplicava a cura.
Em sua cabana de cano,
Alalu estava sentado, cuspia saliva de sua boca; *em
suas vísceras, a dignidade de Anu era como uma carga, suas vísceras se
impregnaram com o sêmen do Anu; como uma fêmea no parto, o ventre lhe
estava inchando.*
Ao terceiro dia, as
dores de Anu remeteram; seu orgulho estava enormemente ferido.
- Quero voltar para
Nibiru! Disse Anu a seus dois filhos. Mas antes se tem que fazer um julgamento
de Alalu; deve ser imposta uma sentença adequada ao crime!
Segundo as leis do
Nibiru, faziam falta sete juízes, presidiria o de maior
fila deles. Na praça do Eridú, os heróis se reuniram em assembleia para
presenciar o julgamento de Alalu. Para os Sete
Que Julgam ficaram sete assentos; para
o Anu, presidindo, preparou-se o assento mais alto. À sua direita se sentou Enki; Enlil se sentou à esquerda de Anu. À direita de Enki se sentaram Anzu e Nungal; Abgal e Alalgar se sentaram à esquerda
do Enlil. Ante estes Sete Que Julgam foi levado Alalu; sem
desatar suas mãos e seus pés.
Enlil foi o primeiro em falar:
- Em justiça, levou-se a
cabo uma luta, Alalu perdeu a realeza ante Anu!
- O que diz você, Alalu?
Perguntou-lhe Enki.
- Em justiça, levou-se a
cabo uma luta, a realeza perdi! Disse Alalu.
- Tendo sido vencido,
Alalu perpetrou um abominável crime, a dignidade de Anu mordeu e se tragou! Assim fez Enlil a acusação
do crime. - A morte é o castigo!, disse Enlil.
- O que diz você, Alalu?
Perguntou-lhe Enki a seu pai por matrimônio.
Houve silêncio; Alalu
não respondeu à pergunta.
- Todos presenciamos o
crime! Disse Alalgar.
- A sentença deve ser
conforme a isso! Se houver palavras que queira pronunciar, as diga antes
do julgamento! Disse Enki ao Alalu.
No silêncio, Alalu
começou a falar lentamente:
- No Nibiru fui rei, por
direito de sucessão estive reinando. Anu foi meu copeiro. Aos príncipes pôs em
pé, a uma luta desafiou; durante nove
voltas (shars) fui rei no Nibiru (32.400 anos
terrestres), a minha semente pertencia a realeza. O mesmo Anu se sentou
em meu trono, e para escapar da morte fiz um perigosa viagem até a
distante Terra. Eu, Alalu, descobri em um planeta estranho a salvação de
Nibiru! Me prometeu que voltaria para o Nibiru, para me repor em justiça
no trono! Depois, veio Ea à
Terra; que, por compromisso, foi designado o seguinte
para reinar no Nibiru.
Depois, veio Enlil,
reivindicando para si a sucessão de Anu. Depois,
veio Anu, a sortes enganou a Ea; Enki, o Senhor da Terra,
foi proclamado, para ser o senhor da Terra, não de Nibiru. Depois,
concedeu ao Enlil o mando, ao distante Abzu foi relegado Enki. De
tudo isto se doía meu coração, o peito me ardia de vergonha e fúria; depois,
Anu pôs seu pé sobre meu peito, sobre meu doído coração estava pisando!
No silêncio, Anu
levantou a voz:
- Pela semente real e
pela lei, em justa luta ganhei o trono. Minha dignidade mordeu e tragou,
para interromper minha linhagem!
Enlil falou: - O acusado
admitiu o crime, que se dite sentença, que o castigo seja a morte!
- A Morte! Disse
Alalgar.
- Morte! Disse Abgal.
- Morte! Disse Nungal.
- Por si mesmo chegará a
morte ao Alalu, o que tragou em suas vísceras lhe trará a morte! Disse Enki.
- Que Alalu esteja na
prisão para o resto de seus dias na Terra! Disse Anzu.
Anu refletia nas
palavras deles; sentia-se afligido pela ira e a compaixão há um tempo.
- Morrer no exílio, que essa seja a sentença! Disse Anu.
Surpreendidos, os juízes
se olharam uns aos outros. Não entendiam o que Anu estava dizendo.
- Nem na Terra nem no
Nibiru será o exílio! Disse Anu. No trajeto, está o planeta Lahmu (Marte), dotado com águas e
atmosfera. Enki, sendo Ea, deteve-se ali; a respeito dele estive pensando
para uma estação de passagem. A força de sua rede é menor que a da Terra, uma
vantagem que terá que considerar sabiamente. Alalu será levado no carro
celestial, quando eu partir da Terra, ele fará a viagem comigo. Daremos
voltas ao redor do planeta Lahmu, proporcionaremos a Alalu uma câmara
celeste, para que nela desça ao planeta Lahmu. Só em um planeta estranho,
exilado estará, para que conte por si mesmo seus dias até seu último dia!
Assim pronunciou Anu as
palavras da sentença, com toda solenidade. Por unanimidade se impôs esta
sentença sobre o Alalu, em presença dos heróis se anunciou:
- Que Nungal seja meu
piloto até o Nibiru, para que de ali dirija de novo a outros carros
levando heróis para a Terra. Que Anzu se una à viagem, para que se faça cargo
da descida ao Lahmu! Assim pronunciou suas ordens Anu.
Para o dia seguinte se
dispôs a partida; todos os que tinham que partir foram levados em
embarcações até o carro. Tem que preparar um lugar para aterrissagens em
terra firme!, disse-lhe Anu a Enlil. Terá que fazer planos sobre como utilizar
Lahmu como estação de passo!
Teve despedidas, tão
alegres como tristes. Anu embarcou no carro coxeando, Alalu entrou no carro com
as mãos atadas.
Depois, o carro se
remontou nos céus, e a visita real terminou. Deram uma volta ao redor da Lua;
Anu estava encantado com sua visão.
Viajaram para o
avermelhado Lahmu, duas vezes o circundaram. Descenderam para o estranho
planeta, viram montanhas tão altas como o céu e gretas na superfície.
Observaram o sítio onde
uma vez aterrissou o carro de Ea; estava à beira de um lago.
Freados pela força da
rede do Lahmu, dispuseram no carro a câmara celeste.
Então, Anzu, seu piloto,
disse ao Anu umas palavras inesperadas:
- Descenderei com o Alalu ao chão firme de Lahmu, não quero voltar
para o carro com a câmara celeste! Ficarei com o Alalu no planeta estranho;
protegê-lo-ei até que morra. Quando morrer pelo veneno em suas vísceras,
enterrá-lo-ei como se merece um rei! Quanto a mim, farei meu nome. Anzu,
dirão, frente a tudo, foi companheiro de um rei no exílio, viu coisas que
outros não viram, em um planeta estranho se enfrentou a coisas desconhecidas!
Anzu, até o final dos
tempos dirão, tem cansado como um herói!
Havia lágrimas nos olhos
do Alalu, havia assombro no coração do Anu.
- Seu desejo será
honrado, disse Anu ao Anzu. Desde este momento, faço-te
uma promessa, levantando a mão eu te faço este juramento:
Na próxima viagem, um
carro circundará Lahmu, sua nave celeste descenderá até ti.
Se te encontrar com
vida, será proclamado senhor do Lahmu; quando se funde no
Lahmu uma estação de passagem, você será seu comandante!
Anzu inclinou a cabeça:
- Assim seja! Disse ao
Anu.
Alalu e Anzu se
acomodaram na câmara celeste, com
cascos de águias e trajes de peixes foram providos, lhes subministraram mantimentos
e ferramentas.
A nave celeste partiu do
carro, do carro se observou sua descida. Depois, desapareceu da vista, e
o carro prosseguiu para o Nibiru.
Durante nove Shars foi
Alalu rei do Nibiru, durante oito Shars
comandou no Eridú (28.800 anos).
No nono Shar, sua sorte foi morrer no exílio no Lahmu.
Uma das razões pelas quais eu coloco aspas em muitas palavras de meus textos será explicada nas linhas a seguir. Enquanto não descobrir o verdadeiro sentido da palavra, ou quiser mostrar que aquilo que que escrevo não é o que quero dizer, farei uso massivo das mesmas. Você sabe o que é o mal ou o bem? Ou o que você tem é pré-conceito dos que se dizem "mestres do saber", tanto didático quanto religioso? Você é capaz de julgar quem é bom ou quem é mau? Ou ainda cai no mesmo pré-conceito formado por aqueles que dirigem e controlam as opiniões detendo as informações mais relevantes? Será que verdade é "tudo aquilo que é visto, sentido ou interpretado dentro da realidade de cada individuo", ou é, de fato, um conceito pré-fabricado pelos, ainda, Dominadores de todo o Sistema Informativo?
A este respeito a própria Bíblia nos deixa importantíssimas pistas nas quais devemos meditar:
"Porque, agora, vemos por espelho em enigma; mas, então, veremos face a face; agora, conheço em parte, mas, então, conhecerei como também sou conhecido". I Coríntios 13:12.
"Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor". II Coríntios 3:18.
"Porque se alguém é ouvinte da palavra e não cumpridor; é semelhante ao varão que contempla ao espelho o seu rosto natural; porque se contempla a si mesmo, e foi-se, e logo esqueceu de como era". Tiago 3:23, 24.
A palavra-chave nas três citações acima é espelho; "Algo que é usado para refletir a imagem". Segundo a Bíblia o Homem "foi feito imagem e semelhança de Deus". A palavra deveria ser reflexo, que significa "imagem refletida; luz que reflete", logo, seríamos a imagem refletida no "espelho" que seria "Deus", desde que ele fosse corpo físico! Se "ele é espírito", como afirma a Bíblia, como poderia refletir imagem alguma semelhante a ele? Se aprofundarmos nossas meditações sobre este assunto veremos que tanto o "espelho" quanto a "imagem" nele refletida referem-se ao enigma citado, acima. A mentira e o engano que permeiam esta doutrina só poderão ser desfeitas quando descobrirmos a verdadeira imagem e espelho de nossa História. Para decifrarmos o enigma criado para nos engodar a nível mental/espiritual devemos olhar para os registros do passado sem ego, sem orgulho, sem preconceito algum O pouco dos registros filtrados e liberados para a Humanidade são capazes de recriar o quebra-cabeças de nossas origens como passaremos a analisar a partir de agora:
"Anu; por nosso antepassado An", é o título dado ao atual rei de Nibiru. An, em língua anunnaki, significa o Celestial, logo, Anu,literalmente, significa, por nosso antepassado celestial. Aqui na Terra elevou-se este título à categoria de Deus por ser o rei, embora todos aqueles que, do céu, à Terra vieram converteram-se em Deuses por sua origem celestial.
"Em sua cabana de cano, Anu estava ferido; na cabana de cano, Enki lhe aplicava a cura". Como os fieis seguidores do mitraísmo se sentiriam ao saber que a serpente estava curando a ferida provocada pelo escorpião no saco escrotal do touro? Como ficariam ao saber que na verdade Mitra é que teria sido ferido? (os chamados deuses celestiais eram estrela, e estralas são sóis, e o Sol Invictus é Mitra!). Como as quase cegas ovelhas seguidoras de Um Pastor reagiriam ao saber que o diabo não feriria o calcanhar do Deus-Homem, chamado "Jesus", mas teria recebido dela a cura? Quando desmitificamos mitraísmo e cristianismo, fatalmente, são a estas conclusões as quais chegaremos.
"Em sua cabana de cano, Alalu estava sentado, cuspia saliva de sua boca; em suas vísceras, a dignidade de Anu era como uma carga, suas vísceras se impregnaram com o sêmen do Anu; como uma fêmea no parto, o ventre lhe estava inchando".
Estas palavras me fazem recordar um filme antigo onde um draconiano engravida e, ao dar à luz seu filho, vem a falecer.
Nesta cena do filme Inimigo Meu, um representante draconiano de linhagem real, prestes a dar à luz, é ajudado por um humano num planeta estranho e inóspito que ée um ponto de extração mineral. |
Ao que parece Barry Longyear, autor do livro que deu origem ao filme Inimigo Meu, dirigido por Wolfgang Petersen, leu, gostou e adaptou a saga de Alalu para o grande público. Teria sido este o desfecho da história de Alalu, protegido por Anzu num planeta estranho onde morre e é enterrado como é devido a um rei? Qualquer semelhança não teria sido mera coincidência, neste caso!
"Ao terceiro dia, as dores de Anu remeteram; seu orgulho estava enormemente ferido.
- Quero voltar para Nibiru! Disse Anu a seus dois filhos".
Está escrito, em I Coríntios 15:4, que "Jesus ressuscitou ao terceiro dia, segundo as escrituras". A expressão "vitupério de Cristo" está escrita no livro aos Hebreus, 11:26. Vitupério significa: "Ultraje, ofensa, insulto". Não era exatamente assim como Anu se sentia? Por que o "Cristo" se sentiria ultrajado, ofendido e insultado se sua missão era "sofrer e morrer para salvar o pecado fazendo-se maldito por morte de cruz?! Não há lógica nesta expressão dita aos hebreus! Também está escrito que "foi elevado às alturas". Ser elevado não é o mesmo que elevar-se, logo, depois de ter roubada a virilidade do rei Anu, e, depois do "vitupério de Cristo", ambos terem sido elevados ao céu também não é mera coincidência! Anu retorna a seu reino, "Jesus retorna a seu reino". Assim se faz o paralelismo entre o real e o fictício. Se as tabuletas ditas sumérias tivessem sido escritas depois de qualquer livro "sagrado", minhas palavras não teriam qualquer valor. Mas, plágio não pode ser feito antes do fato!
"...seu orgulho estava enormemente ferido". Incapaz de gerar mais filhos Anu voltaria a seu reino, Nibiru. Tal qual "Jesus", incapaz de salvar seus "filhos" do jugo de Roma, retira-se da Terra prometendo voltar para salvá-los. Que grande manipulação dos fatos, meu caro leitor! Quanta ilusão foi criada na mente humana para esconder A Verdade que liberta...
Continua...
Marcelo S.A.
24/12/2016
19:28h.
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