QUAL É A DIFERENÇA?
Em pleno século XXI não seria difícil notar que praticamente tudo o que se vê na Terra pode ser classificado como falsificação, cópia, imitação, plágio. Alimentos, elétricos, eletrônicos, fauna, flora, minerais, vestuário e até o corpo humano sofrem do mesmo mal: Parecer ser o que não é.
Dentre as mais nocivas e perigosas falsificações a temer estão a palavra falada, escrita e cantada. Isto nos remete, mais uma vez à memorável frase de Fernando Pessoa: "A ESSÊNCIA DA IRONIA CONSISTE EM NÃO SE PODER DESCOBRIR O SENTIDO DO TEXTO POR NENHUMA PALAVRA DELE, DEDUZINDO-SE PORÉM ESSE SEGUNDO SENTIDO DO FATO DE SER IMPOSSÍVEL DEVER O TEXTO DIZER AQUILO QUE DIZ".
Para se entender a que nível foi elevada a falsificação da palavra dita, escrita e cantada, faz-se necessária a definição de algumas Figuras de Linguagem utilizadas com muita propriedade pelos autores.
A mais conhecida delas é a Conotação como se vê a seguir:
1- Denotação e Conotação
A significação das palavras não é fixa, nem estática. Por meio da imaginação criadora do homem, as palavras podem ter seu significado ampliado, deixando de representar apenas a ideia original (básica e objetiva). Assim, frequentemente remetem-nos a novos conceitos por meio de associações, dependendo de sua colocação numa determinada frase. Observe os seguintes exemplos:
A menina está com a cara toda pintada.
Aquele cara parece suspeito.
No primeiro exemplo, a palavra cara significa "rosto", a parte que antecede a cabeça, conforme consta nos dicionários. Já no segundo exemplo, a mesma palavra cara teve seu significado ampliado e, por uma série de associações, entendemos que nesse caso significa "pessoa", "sujeito", "indivíduo".
Algumas vezes, uma mesma frase pode apresentar duas (ou mais) possibilidades de interpretação. Veja:
Em seu sentido literal, impessoal, frio, entendemos que Marcos, por algum acidente, fraturou o rosto. Entretanto, podemos entender a mesma frase num sentido figurado, como "Marcos não se deu bem", tentou realizar alguma coisa e não conseguiu.
Pelos exemplos acima, percebe-se que uma mesma palavra pode apresentar mais de um significado, ocorrendo, basicamente, duas possibilidades:
a) No primeiro exemplo, a palavra apresenta seu sentido original, impessoal, sem considerar o contexto, tal como aparece no dicionário. Nesse caso, prevalece o sentido denotativo - ou denotação - do signo linguístico.
b) No segundo exemplo, a palavra aparece com outro significado, passível de interpretações diferentes, dependendo do contexto em que for empregada. Nesse caso, prevalece o sentido conotativo - ou conotação do signo linguístico.
Obs.: a linguagem poética faz bastante uso do sentido conotativo das palavras, num trabalho contínuo de criar ou modificar o significado. Na linguagem cotidiana também é comum a exploração do sentido conotativo, como consequência da nossa forte carga de afetividade e expressividade. (Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil1.php).
Outra figura de linguagem muito comum e utilizada é a Hipérbole:
Leia a seguinte frase:
“Está muito calor. Os jogadores estão morrendo de sede no campo”.
Quando lemos essa afirmação, nunca imaginamos jogadores agonizando de sede num campo de futebol, pois compreendemos que o autor da frase fez uso do exagero para impressionar o interlocutor. Quando engrandecemos ou diminuímos exageradamente a verdade das coisas, estamos utilizando a hipérbole.
A hipérbole é exatamente oposta ao eufemismo. Enquanto no eufemismo suavizamos uma expressão chocante, na hipérbole expressamos exageradamente uma ideia, a fim de enfatizar essa informação. Essa figura de linguagem é bastante comum não só nos textos escritos, como na comunicação oral. (Fonte: http://www.infoescola.com/linguistica/hiperbole/).
Não poderíamos deixar de citar o Eufemismo:
Leia estes versos do poema “Antologia”, de Manuel Bandeira:
“Quando a Indesejada das gentes chegarDeterminadas palavras e expressões, quando empregadas em certos contextos, são consideradas desagradáveis, ou por apresentarem uma ideia muito negativa ou por chocarem quem ouve. Por isso, é muito comum os falantes substituírem essas expressões por outras mais suaves, mais delicadas, que, mesmo tendo o mesmo sentido, causam menor impacto em quem as ouve.
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
A mesa posta,
Com cada coisa em seu lugar”.
Nesses versos, o poeta Manuel Bandeira refere-se à morte utilizando a expressão “Indesejada das gentes”. Existem varias expressões que suavizam a palavra morte, como “entregar a alma a Deus”, “partir desta para a melhor”, “bater as botas”, “encurtar os anos”, entre outras. Essas formas que atenuam expressões desagradáveis são chamadas eufemismos. (Fonte: http://www.infoescola.com/linguistica/eufemismo/).
Figuras de Linguagem
São recursos que tornam as mensagens que emitimos mais expressivas. Subdividem-se em figuras de som,figuras de palavras, figuras de pensamento e figuras de construção.
Classificação das Figuras de Linguagem
Observe:
1) Fernanda acordou às sete horas, Renata às nove horas, Paula às dez e meia.
2) "Quando Deus fecha uma porta, abre uma janela."
3) Seus olhos eram luzes brilhantes.
Nos exemplos acima, temos três tipos distintos de figuras de linguagem:
Exemplo 1: há o uso de uma construção sintética ao deixar subentendido, na segunda e na terceira frase, um termo citado anteriormente - o verbo acordar. Repare que a segunda e a última frase do primeiro exemplo devem ser entendidas da seguinte forma: "Renata acordou às nove horas, Paula acordou às dez e meia. Dessa forma, temos uma figura de construção ou de sintaxe.
Exemplo 2: a ideia principal do ditado reside num jogo conceitual entre as palavras fecha e abre, que possuem significados opostos. Temos, assim, uma figura de pensamento.
Exemplo 3: a força expressiva da frase está na associação entre os elementos olhos e luzes brilhantes. Essa associação nos permite uma transferência de significados a ponto de usarmos "olhos" por "luzes brilhantes". Temos, então, uma figura de palavra.
Figura de Palavra
A figura de palavra consiste na substituição de uma palavra por outra, isto é, no emprego figurado, simbólico, seja por uma relação muito próxima (contiguidade), seja por uma associação, uma comparação, uma similaridade. Esses dois conceitos básicos - contiguidade e similaridade - permitem-nos reconhecer dois tipos de figuras de palavras: a metáfora e a metonímia.
Metáfora
A metáfora consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em virtude da circunstância de que o nosso espírito as associa e depreende entre elas certas semelhanças. É importante notar que a metáfora tem um caráter subjetivo e momentâneo; se a metáfora se cristalizar, deixará de ser metáfora e passará a ser catacrese (é o que ocorre, por exemplo, com "pé de alface", "perna da mesa", "braço da cadeira").
Obs.: toda metáfora é uma espécie de comparação implícita, em que o elemento comparativo não aparece.
Observe a gradação no processo metafórico abaixo:
O exemplo acima mostra uma comparação evidente, através do emprego da palavra como.
Observe agora:
Nesse exemplo não há mais uma comparação (note a ausência da partícula comparativa), e sim um símile, ou seja, qualidade do que é semelhante.
Por fim, no exemplo:
Há substituição da palavra olhos por luzes brilhantes. Essa é a verdadeira metáfora.
Observe outros exemplos:
1) "Meu pensamento é um rio subterrâneo." (Fernando Pessoa)
Nesse caso, a metáfora é possível na medida em que o poeta estabelece relações de semelhança entre um rio subterrâneo e seu pensamento (pode estar relacionando a fluidez, a profundidade, a inatingibilidade, etc.).
2) Minha alma é uma estrada de terra que leva a lugar algum.
Uma estrada de terra que leva a lugar algum é, na frase acima, uma metáfora. Por trás do uso dessa expressão que indica uma alma rústica e abandonada (e angustiadamente inútil), há uma comparação subentendida: Minha alma é tão rústica, abandonada (e inútil) quanto uma estrada de terra que leva a lugar algum. (Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil2.php).
A mais sinistra forma de se dizer sem dizer está na utilização de algo que o Google define como: "Mensagens subliminares são aquelas que os sentidos humanos não conseguem perceber de forma consciente, assim, a mensagem atinge outra parte do cérebro humano subconsciente. O termo foi inventado por James Vicary, um especialista em marketing americano, no ano de 1957.
O texto abaixo faz uma análise resumida sobre Mensagens Subliminares, embora deixe de citar que através de linguagem escrita também seja possível disseminá-la:
O que é uma Mensagem Subliminar:
Mensagem subliminar é um conteúdo dissimulado, uma mensagem visual ou auditiva escondida que atua no subconsciente da pessoa que é exposta à mensagem em questão.
São mensagens implícitas que têm algum objetivo predefinido e normalmente são usadas como uma forma subtil de incentivar algum tipo de comportamento, seja ele a compra de algum produto ou uma atitude no âmbito da ética e moral.
Em muitos casos, este tipo de mensagem é uma imagem escondida em um vídeo e que é imperceptível (ou quase) para a pessoa. Muitas vezes, esses conteúdos podem estar inseridos em apenas um frame do vídeo. Várias marcas já foram indicadas como utilizadoras de mensagens subliminares na sua estratégia de marketing.
No contexto musical, várias pessoas afirmam que existem mensagens subliminares em músicas, com frases que são proferidas de forma quase inaudível. Também existem casos em que mensagens obscuras podem ser ouvidas quando a música é reproduzida ao contrário.
Um dos principais exemplos deste tipo de mensagens se encontra em desenhos animados, e algumas pessoas afirmam que essas mensagens são introduzidas com o objetivo de influenciar crianças a tomarem algum tipo de atitude.
As mensagens subliminares estão relacionadas com teorias da conspiração e muitos exemplos de mensagens subliminares não podem ser confirmados. Frequentemente as mensagens subliminares estão relacionadas com o satanismo, organizações secretas, como os Illuminati, por exemplo.
A autoria do conceito de mensagem ou publicidade subliminar é atribuída ao americano James Vicary, especialista em marketing e pesquisador de mercado. (Fonte: https://www.significados.com.br/mensagem-subliminar/).
Todos estes artifícios são utilizados no contexto bíblico, de Gênesis a Apocalipse, com uma tão grande sutileza e de forma tão massiva que deixa cicatrizes quase impossíveis de serem apagadas do subconsciente humano. Quantas vezes eu mesmo já presenciei frases do tipo "pelo amor de Deus" ou "se Deus quiser" proferidas por ateus assumidos! "Salvação", "condenação", "bem", "mal", "Deus", "Diabo", "anjos" e "demônios" são preconceitos tão impregnados na mente humana que um trabalho de desconstrução dos mesmos que, quando não leva a anos de dura batalha espiritual/mental, leva ao colapso parcial ou total da psique!
Cientes de toda a artimanha linguística literalmente pregadas através dos livros "sagrados", vejamos o porque das diferenças entre os textos bíblicos e sumérios nas seguintes expressões:
"...E FOI A TARDE E A MANHÃ: O DIA...". (Gn. 1:5, 8, 13, 18, 23, e 31.) e "E ANOITECEU E AMANHECEU, FOI O ... DIA NA TERRA". (dos relatos de Enki).
Por que a Bíblia coloca "Deus trabalhando durante manhã e tarde" enquanto que os anunnaki parecem não reconhecer o período da tarde? Por que "Deus" não trabalharia durante a noite tal qual os anunnaki? Teria aversão à "noite que criara"? Ou seria para transmitir, subliminarmente, que "por ser luz", não haveria noite para ele? Ou seria uma forma de ocultar o ininterrupto trabalho, diurno e noturno, dos anunnaki durante seis dias? Estaria a expressão "o dia primeiro, segundo..." ocultando períodos de milhões de anos em que se formaram desde os "Céus" até "Eva"?
Enquanto a Bíblia, que por vezes chega a ser cansativa com vãs repetições, coloca "dia" como período entre tarde e manhã, Enki relata seu labor e o coloca no período das 24 horas terrestres. Sincretizar o "trabalho divino" com o trabalho de Enki não seria tarefa fácil sem a utilização e total conhecimento dos recursos linguísticos para lançar uma falsa luz sobre as pobres e quase cegas ovelhas e, dominar sobre elas para ter seus mantimentos em dia...
Nada é o que parece ser em termos de Religião, seja ela qual for. Haverá sempre uma "luz" ofuscando a Verdadeira LUZ da qual precisaremos identificar a "lâmpada" que a gera. Uma destas "lâmpadas" eu posso identificar para você que NÃO seja a Verdadeira Fonte:
"LÂMPADA PARA OS MEUS PÉS É A TUA PALAVRA E LUZ , PARA O MEU CAMINHO". (Salmo 119:105).
Continua...
Marcelo S.A.
10/12/2016
Hr. 13:18
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